sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Cara do Oitavo Andar


Nunca escrevi uma linha na minha vida. Minto, tentei fazer alguns poemas mas acabei perdendo eles com o tempo. De repente me deu esta vontade de escrever um conto, nem sei se isso que vou escrever é um conto mas enfim é algo que quero contar.
Subo e desço o elevador quase todos os dias, pessoas entram pessoas saem. Faço o que tenho que fazer e deixo o elevador no lugar dele afinal ele não sairá andando atrás de mim, assim espero.
Nestas andanças o elevador começou a ficar interessante. Um andar abaixo do meu tem um cara que não é bonito, seu jeito de se vestir fica mais perto do erro do que do acerto. Mas tem alguma coisa ali que me atrai.
Acho que durante este tempo trocamos no máximo um bom dia, talvez uma boa tarde. Vez ou outra ele fuma seu cigarro ou toma seu café.
Não tenho pretensão nenhuma de que isto vire um caso de amor afinal de contas se pra ficar apaixonado e sofrer já me dá um trabalhão, imagina se apaixonar por alguém que nem amigo talvez eu serei nesta vida!
Não estou aqui pra ser contestado do tipo “pô, vai lá falar com ele”, “convida ele pra tomar uma cerveja”, acho que isso nunca vai rolar.
O que me mais me intriga é justamente isso, não saber absolutamente nada dele e ficar adivinhando o que ele faz, como faz e de que jeito faz.
Só sei que toda vez que pego o elevador e ele está lá a sensação de bem estar só pelo fato de olhá-lo já vale todo o dia.
Sem amor sem paixão, apenas desejo. Sem mais e nem porque.
Afinal de contas o oitavo andar vai continuar sempre ali com ou sem ele. E tantos outros encontros deverão acontecer...

Um comentário:

Tayra disse...

Olha o talento do meu amigo... <3

Adorei! Verdadeiramente, e fiquei aqui, numa torcida daquelas que fico pra rolar algo entre Kurt e Blaine (vejo pela TV, e por enquanto não rolou nada...)